quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Como funciona a bomba de argamassa

Produção de argamassa

O mé­todo de produção de argamassa com bomba exige mudanças em relação aos sistemas convencionais. Com o uso de argamassas industrializadas especí­ficas para bombeamento, as variá­veis a controlar são apenas a quantidade de água e o tempo de mistura. Esse controle é fundamental para a qualidade do produto e para a bombeabilidade da argamassa. Nesse sistema, é comum o uso de um misturador de argamassa junto à bomba. Dessa forma, a argamassa é despejada diretamente no tanque do equipamento, contribuindo para a redução de perdas. Essa organização é necessá­ria para atender à alta capacidade de bombeamento. Além disso, a bomba deve estar pró­xima do local do revestimento, pois o mangote possui alcances horizontal e vertical limitados, os quais variam conforme o modelo do equipamento. Portanto, ao longo da obra, essa central de produção é movimentada. Já na produção com canequinha, a organização da central é semelhante à dos sistemas convencionais.
Sequência de produção do revestimento O uso de projetores de argamassa não determina grandes mudanças na seqüência de produção do revestimento. A base de aplicação pode passar por uma etapa de limpeza e uniformização. A aplicação do chapisco pode ser manual ou mecâ­nica, e a projeção de argamassa para revestimento é precedida da execução de guias de controle. Após isso é executado o revestimento pela aplicação de uma ou mais camadas de argamassa sarrafeada e desempenada. Apesar da aplicação de argamassa ser mecanizada, um padrão de produção é necessá­rio, incluindo aspectos como o controle do ângulo e da distância de aplicação. Nesses sistemas existe o custo adicional de aquisição ou aluguel dos equipamentos. Portanto, as empresas devem ter um volume de produção grande para diluir esse custo. Além disso, é necessá­rio manter uma equipe exclusiva para a etapa de aplicação de argamassa, com o objetivo de reduzir a ociosidade do projetor. Com isso, vá­rias equipes trabalham simultaneamente, cada qual com uma ou mais etapas da sequência. Essa organização não costuma ser utilizada em sistemas convencionais, fazendo com que nesses possa ser viá­vel economicamente trabalhar com poucos operá­rios e menor volume de produção. A figura 5 apresenta um exemplo de grá­fico das equipes na produção de vá­rios panos de fachada com bomba, cada uma realizando determinadas etapas da sequência de produção. Observam-se dificuldades para sincronizar as equipes. Em determinados dias, nenhuma equipe trabalhou em certos panos, gerando a ociosidade dos andaimes. Já em outros dias, não foi produzido revestimento, gerando a ociosidade de equipamentos e de operá­rios. Já em um sistema convencional é comum que a mesma equipe realize todas as atividades, o que torna o sistema mais simples. Assim que a equipe conclui uma etapa, a pró­xima pode ser iniciada. No entanto, são muito dependentes da mão-de-obra, às vezes pouco qualificada. Em obra observa-se que a mecanização da aplicação de argamassa tem o potencial de tornar essa atividade mais rá­pida. Porém, a produtividade do sistema pode estar sendo limitada por outras etapas, as quais são o gargalo do processo. Essas etapas muitas vezes são executadas convencionalmente, sendo bastante dependentes da mão-de-obra e com grande variabilidade. Assim, apesar da aplicação de argamassa ter sido mecanizada e ser uma etapa de alta produtividade, se a equipe de sarrafeamento e desempeno, por exemplo, não obtiver produtividade semelhante e constante, a aplicação de argamassa terá que parar. Portanto, o projeto do sistema de produção deve pensar no todo. Na produção de revestimentos de fachada, deve-se definir o equipamento de movimentação vertical considerando a maior capacidade produtiva. É preciso substituir os tradicionais balancins mecâ­nicos por balancins elé­tricos. O uso de andaime fachadeiro mostra-se uma boa solução, pois permite acesso rá­pido a diferentes partes da fachada por vá­rias equipes simultaneamente.




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